sexta-feira, abril 17, 2009
terça-feira, março 18, 2008
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
nudez aparecida
As roupas no chão.
O cobertor retirado.
A nudez está coberta pelo desejo.
No coito, coberta ainda, de prazer.
Somente depois a nudez fica despida.
O cobertor retirado.
A nudez está coberta pelo desejo.
No coito, coberta ainda, de prazer.
Somente depois a nudez fica despida.
flor
Quando distribuíram as flores do prazer, os homens, invejosos,
usaram da força para ficar com as maiores, deixando
somente as muitíssimo pequenas para as mulheres.
Ela, com sua calma, plantou esta flor menor e desta,
com o pólen dela mesmo, brotaram muitas outras muito
menores ainda.
A mulher exibiu a pequena – mínima -, e guardou dentro de si mesma
as menores ainda.
Os homens, ainda com a força, tentam levá-las.
As mulheres, ainda com calma, conseguem guardá-las
e multiplicá-las às escondidas.
usaram da força para ficar com as maiores, deixando
somente as muitíssimo pequenas para as mulheres.
Ela, com sua calma, plantou esta flor menor e desta,
com o pólen dela mesmo, brotaram muitas outras muito
menores ainda.
A mulher exibiu a pequena – mínima -, e guardou dentro de si mesma
as menores ainda.
Os homens, ainda com a força, tentam levá-las.
As mulheres, ainda com calma, conseguem guardá-las
e multiplicá-las às escondidas.
fruto
O mesmo fruto que o homem tem, a mulher tem também, porém aberto e
despedaçado.
Por isso esse aspecto de quebra-cabeças: é preciso montar a mulher,
juntar as suas partes.
O fruto do homem é casca, sente lá alguma coisa.
Mas se intensifica deveras quando a seiva de
seu fruto toca-lhe as paredes internas.
O fruto da mulher: todo interno.
Saber-se sabor.
despedaçado.
Por isso esse aspecto de quebra-cabeças: é preciso montar a mulher,
juntar as suas partes.
O fruto do homem é casca, sente lá alguma coisa.
Mas se intensifica deveras quando a seiva de
seu fruto toca-lhe as paredes internas.
O fruto da mulher: todo interno.
Saber-se sabor.
domingo, janeiro 27, 2008
sexta-feira, janeiro 04, 2008
desenho
Olhando
as coisas que se as dá vida.
Olhadas
é que elas sentem-se compreendidas.
Olhando
as coisas simples é que se vê como são também sofisticadas:
daí que se equivalem: desenhar um rosto, uma cadeira, todos têm a mesma dificuldade:
todas no mesmo nível:
também as sofisticadas são simples, então.
Olhe
pausadamente (o desenho nos demanda isso).
Olha.
as coisas que se as dá vida.
Olhadas
é que elas sentem-se compreendidas.
Olhando
as coisas simples é que se vê como são também sofisticadas:
daí que se equivalem: desenhar um rosto, uma cadeira, todos têm a mesma dificuldade:
todas no mesmo nível:
também as sofisticadas são simples, então.
Olhe
pausadamente (o desenho nos demanda isso).
Olha.
terça-feira, janeiro 01, 2008
sábado, dezembro 22, 2007
quinta-feira, novembro 15, 2007
sexta-feira, outubro 12, 2007
mãe que balança o berço
a mão que balança o berço não é a mesma que fizera o berço;
a mão que fez o cobertor não é a mesma das mãos nenhumas anteriores.
para o habitante do berço entanto toda mão e tudo mais é mãe.
a mão que fez o cobertor não é a mesma das mãos nenhumas anteriores.
para o habitante do berço entanto toda mão e tudo mais é mãe.
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